04/03/2013

Abertura da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) na Assembléia da ONU:

Relato da Companheira TELIA NEGRÃO, participante como delegada da 57a. Reunião da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) na Assembléia da ONU:
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Companheiras

Teve inicio hoje, numa sessao no Plenario da Assembleia Geral da ONU, a 57a Reuniao da Comissao sobre a Situacao da Mulher, CSW. Os mais importantes discursos, como de Michele Bachelet, da Onu Mulheres, e de Nicole Ameline, da Cedaw, foram de reafirmacao de todos os documentos internacionais de direitos das mulheres e um chamado de compromisso dos governos para que os cumpram, visando o fim da violencia de genero.
Pelo Brasil, participaram da sessao a professora Lourdes Bandeira, que chefia a Delegacao como Vice Ministra da Mulher do Brasil (SPM), a Missao Brasileira na ONU, a conselheira do CNDM Jaqueline Pitanguy, representantes do Ministerio da Justica, do Conselho Nacional de Justica e outras autoridades. Pela sociedade civil, como delegadas oficiais, compareceram Telia Negrao, Coletivo Feminino Plural/Rede Feminista de Sa'ude e Alessandra Nilo, de Gestos de LLacaso. Ambas integram a Campanha Internacional Mulheres Nao esperam Mais, acabemos com a Aids e a Violencia Contra a Mulher.
Envio uma foto que registra a abertura dos trabalhos e anuncia grandes desafios tambem, como demonstraram alguns dicursos de representantes de blocos de pa'ises. Embora todos os blocos dos quais o Brasil faz parte, entre os quais Mercosul, Celade e 77 tenham em seus pronunciamentos assumido muito nitidamente os compromissos com a implementacao das politica sindispensaveis para assegurar uma vida sem violencia as mulheres, foram ouvidos discursos que ainda reafirmam o direito de povos, em funcao de suas culturas, nao considerar violencia certas praticas consuetudinarias. Outro importante aspecto a ser observado eh o silencio em relacao a grupos de mulheres, como as soropositivas, com deficiencia, transexuais e transgeneros, que se mantem quase ou totalmente invisiveis aos olhos da politica internacional de direitos humanos das mulheres. Portanto, um embate no campo politico e cultural no qual todas nos estamos profundamente implicadas.
No seu discurso, Michele Bachelet destacou cinco pontos, entre os
quais: implementacao de politicas integradas e em especial no campo do judiciario, o fim de sistemas que nao funciona; orcamentos; investimento em prevencao, considerando os direitos reprodutivos e a saude sexual e reprodutiva (necessario ler o discurso na integra para precisar a terminologia utilizada), a mudanca de atitudes e comportamentos, o trabalho com jovens, a adesao dos homens e meninos;
trabalho para que se conserede que a violencia contra as mulheres eh inaceitavel, intoleravel e deve ser prevenida, punida e eliminada;
trabalho com sobreviventes da violencia, do trafico e da exploracao
sexual; empoderamento politico das mulheres e mudancas no ambito
cultural na vida familiar; acesso a servicos em situacoes de conflito
e pos conflito, bem como em tempos de paz; e por fim, a necessidade de aprofundar estudos, pesquisas e criacao de evidencias, e obtencao de dados e estatisticas para as politca spublicas, seu monitoramento.
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Telia Negrão
Coletivo Feminino Plural
Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe - RSMLAC

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