(Michelle Nichols, da Reuters/R7 Notícias) O número de mulheres em Parlamentos ao redor do mundo é "preocupantemente baixo", de acordo com um relatório divulgado na sexta-feira pela União Interparlamentar (UIP), organização internacional dos parlamentos dos Estados soberanos. O documento indica que a média global avançou apenas meio ponto percentual em 2011, chegando a 19,5 por cento.
No que diz respeito aos assentos parlamentares renovados em 2011 em 69 câmaras legislativas de 59 países, as mulheres obtiveram 21,8 por cento dos lugares, uma proporção similar aos anos anteriores, disse a UIP no estudo "Mulheres no Parlamento 2011".
"São necessárias uma forte vontade política e a adoção de medidas específicas para romper o bloqueio à partição política das mulheres", disseram em um comunicado a UIP e a ONU Mulheres, a unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) para a igualdade de gêneros.
O relatório disse que o problema é simples em muitos países -não há mulheres o bastante concorrendo a um cargo no Parlamento.
"Os desafios para as candidatas mulheres incluem fundos insuficientes para fazer campanha, altas expectativas do eleitorado e a natureza antagônica dos partidos políticos competitivos", indicou o relatório.
"Além disso, as mulheres tendem a ter menos recursos à sua disposição, menos experiência em concorrer a um cargo e de falar em público, e falta de apoio dos maridos e da família", disse. "As mulheres têm múltiplos papeis e equilibrar todos eles pode ser muito difícil."
De 188 países, o relatório descobriu que 20 tinham Parlamentos nos quais as mulheres formavam ao menos um terço da representação. Ruanda e Andorra estavam à frente, sendo os dois únicos países com mais de 50 por cento.
Do outro lado da escala, havia sete países sem nenhuma representação feminina: Belize, Micronésia, Nauru, Palau, Catar, Arábia Saudita e Ilhas Salomão.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU situaram-se no meio. A Rússia tem 13,6 por cento de representação feminina; os Estados Unidos, 16,8 por cento; França, 18,9 por cento; China, 21,3 por cento e Grã-Bretanha, 22,3 por cento.
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