Depois de mais de um ano de trabalho junto com a Secretaria Municipal de Saúde e com a Secretaria de Direitos Humanos de Porto Alegre estamos no ponto final de revisão do PROTOCOLO DE ATENDIMENTO MÉDICO PARA LÉSBICAS E MULHERES BISSEXUAIS no SUS.
Esta é uma iniciativa única a nível nacional e pretende estabelecer um parâmetro para cursos de formação dos profissionais de saúde nos postos públicos - com prazo para início em Março de 2011 - visando um acolhimento e tratamento adequados para a população lésbica e de mulheres bissexuais nos postos de Porto Alegre.
O protocolo é resultado da Pesquisa realizada nestes postos e que entrevistou médicos e pacientes a fim de levantar os maiores problemas no atendimento desta população específica. A pesquisa foi coordenada pela pesquisadora Nádia Meinertz do NUPACS/UFRGS (detalhes em www.lblsaudelesbica.blogspot.com) e contou com ativistas da LBL e da CANDACES para o trabalho de campo, o que a diferenciou das demais pesquisas realizadas até o momento junto a esta população, já que as próprias lésbicas foram as entrevistadas e as entrevistadoras, criando um ambiente de maior conforto na coleta das entrevistas.
A Campanha de Saúde desenvolvida pela Patuá, Comunicação Responsável em parceria com a LBL-RS, da qual o protocolo faz parte, também foi indicada, há cerca de duas semanas, no Conselho Nacional de Saúde para servir como referência para o desenvolvimento de uma campanha nacional, usando como base nossa pesquisa e mais duas realizadas no nordetes com o mesmo objetivo.
Para chegarmos até aqui foram necessários cerca de três anos de trabalho e a parceria de entidades sindicais como o SINDSAUDE de Porto Alegre, o envolvimento da sociedade civil, representada na SOGIRGS, além do apoio da SMDH e da Sec. de Saúde do Município, parceiras indispensáveis para o sucesso da campanha, conduzida de forma profissional e engajada pela meninas da PATUÁ, agência que desenvolveu a campanha junto com a LBL-RS.
Agradecemos a todas as parceiras e esperamos que a campanha nacional seja realmente efetivada pela Secretaria Nacional de Saúde, pois entendemos que esta questão é de extrema importância para nossa população.
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