03/12/2012

Médicos devem receitar pílula do dia seguinte antecipadamente

 A Academia Americana de Pediatria (AAP) fez uma apelo nesta segunda-feira, 26, para que todos os pediatras dos Estados Unidos aconselhem suas pacientes sobre métodos contraceptivos de emergência e, se possível, prescrevam pílulas do dia seguinte para meninas com idade inferior a 17 anos.

A lei federal americana proíbe a venda dessas pílulas para menores que não tenham indicação médica para usá-las e por isso ter a receita em mãos pode ajudar as adolescentes a buscar métodos contraceptivos de emergência mais rapidamente. Do contrário, deverão consultar um médico e só então conseguir autorização, o que pode ser tarde demais.

Susan Wood, ex-comissária-assistente para a saúde da mulher na Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), órgão que regula produtos destes ramos nos EUA, considerou a decisão significativa e disse que não é raro ver organizações médicas alertarem que seus pacientes ficariam melhor sem o envolvimento de seus médicos em algumas situações.

É difícil prever se os médicos vão seguir as orientações, mas a APP se mostra confiante. Esperamos que os pediatras leiam o boletim e sigam as recomendações. A Academia se orgulha de ter membros leais, disse Cora Breuner, pediatra do Hospital Pediátrico de Seattle.

O uso de métodos contraceptivos de emergência tem sido um dos assuntos mais debatidos na área da saúde pública dos Estados Unidos nas últimas décadas. Em 2005, a FDA não autorizou a venda da Plan B, uma pílula do dia seguinte no balcão das drogarias. Em dezembro do ano passado, a decisão foi revertida e a venda foi liberada. Mas a secretária de Serviçs de Saúde, Kathleen Sebelius, revogou a ordem e desde então a venda para adolescentes com menos de 17 anos é feita somente mediante apresentação de receita médica.

Com a política, todas as mulheres precisam provar suas idades antes de comprar o medicamento. Além disso, as adolescentes enfrentam barreiras significantes se, por exemplo, precisarem de um contraceptivo de emergência à meia-noite de um sábado, disse Susan, que deixou a FDA na ocasião da proibição da venda desses remédios para menores.

Nos Estados Unidos, as pílulas do dia seguinte custam entre US$ 10 e US$ 80 e podem ser tomadas até 120 horas depois da relação sexual para evitar a gravidez, embora sejam mais efetivas se tomadas nas primeiras 24 horas. Elas funcionam ao prevenir a ovulação, não ao paralisar a implantação de um óvulo fertilizado. Não são abortivas, explica Susan.

Fonte: Estadão / CCR
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Comentário: LBL - No Brasil centenas de meninas engravidam todos os anos. O Uso da pílula do dia seguinte - e a educação preventiva nas escolas, claro! - seria um medida importante para evitar o abortamento ou a gravidez na adolescência.
 
Mas, o moralismo religioso nos impede todos os dias!

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