A vereadora eleita de Piracicaba (SP) Madalena (PSDB), travesti cujo nome de batismo é Luiz Antônio Leite, depôs nesta segunda-feira (22) sobre as ameaças que vem recebendo desde que ganhou a eleição, em 7 de outubro, com 3.035 votos. Em visita à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ela foi orientada pelo delegado Luiz Pereira a não divulgar novas informações do caso, pois um dos assessores de Madalena também teria sido ameaçado e a autoridade teme perder a chance de flagrar o criminoso.
A vereadora eleita registrou dois boletins de ocorrência em função das ameaças de que, caso assuma o cargo em 1º de janeiro, será assassinada.
Madalena afirmou que cogitou desistir da posse, mas se convenceu de não abrir mão da cadeira na Câmara. A Polícia Civil já pediu, inclusive, o rastreamento das ligações à casa da política para tentar localizar o telefone de onde as chamadas se originaram. Na semana passada, um cabo eleitoral do PSDB disse a Madalena que um outro candidato do partido seria o responsável pelas ameaças de morte.
Sigilo necessário O delegado Pereira informou que esse cabo eleitoral será intimado a depor na DIG e que as ligações recebidas por Madalena serão fornecidas pela Telefônica. "Agora precisamos manter o maior sigilo sobre esse assunto para que possamos chegar ao autor das ameaças sem que ele perceba e tente fugir",
explicou. Além dos telefonemas, Madalena foi abordada na rua onde mora por um motociclista que repetiu as ameaças de morte.
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