03/03/2012

Relatório aponta que brasileiros apóiam a presença de LGBT nas Forças Armadas, com exceção da Região Sul

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou nesta quarta-feira, dia 29, dados de uma pesquisa realizada com 3.796 pessoas, na qual 63% dos entrevistados são favoráveis ao ingresso de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Exército, Aeronáutica e Marinha. O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) é uma pesquisa domiciliar e presencial que visa captar a percepção das famílias acerca das políticas públicas implementadas pelo Estado, independente destas serem usuárias ou não dos seus programas e ações. De acordo com as informações obtidas pelo orgão, a maior resistência sobre gays nas Forças Armadas está entre o público masculino. Na Região Sul, por exemplo, 52% dos entrevistados são contrários a idéia.

"Ao serem perguntados sobre a participação de homossexuais nas Forças Armadas, 63,7% dos entrevistados não viram nenhum problema quanto ao direito destes ingressarem na carreira militar, enquanto 34,3% não concordaram com a presença de homossexuais nas Forças Armadas. Quanto maior a escolaridade, maior a tendência a concordar: 73,6% dos entrevistados com nível universitário acham que homossexuais devem participar das Forças Armadas, contra 60,6% dos que têm essa mesma percepção entre os entrevistados de menor escolaridade. Assim como acontece com a questão referente à participação das mulheres nas Forças Armadas, o Sul foi mais uma vez distinto: é a única região do país em que a maioria dos entrevistados não concorda com o ingresso de homossexuais na carreira militar (52%)", diz o relatório da pesquisa.

As mulheres 68,1% das mulheres concordam com os LGBTs nas Forças Armadas, enquanto entre os homens a aprovação é de 59,3%. Com exceção do Sul, todas as outras regiões registram aprovação superior a 64% aos militares homossexuais.

Sobre a obrigatoriedade do serviço militar, a maioria ainda considera ser necessária, contudo, cerca de um terço dos entrevistados (38%), defendem que o jovem poderia escolher entre as Forças Armadas ou outro serviço civil como, por exemplo: prestação de serviços comunitários e de apoio a populações carentes.

3.480 pessoas acreditam que Exército, Marinha e Aeronáutica devem colaborar com as polícias Militar e Civil, atuando também na segurança pública.

Além disso, a pesquisa demonstrou também que a maioria dos brasileiros (91,7%) considera que as Forças Armadas devem ser utilizadas no combate ao crime. Todavia, quase metade desses entrevistados considera que o emprego dos militares deve ser constante, enquanto os demais defendem que isso ocorra apenas em algumas situações específicas.
02/03/2012 -
Fonte: http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=19060

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