22/11/2010

Estupro corretivo: violência física e psicológica

Um absurdo anda circulando nas redes sociais da Internet já há algum tempo, mas, nos últimos meses, com muito mais força. São as comunidades que propagam a idéia do estupro "corretivo" para a população LGBT.
Nestas comunidades fala-se de estupro como medida educativa. A idéia é seduzir uma LGBT (geralmente lésbicas ou gays) e levá-lo para um ligar ermo, onde, em conjunto com o restante do grupo se promove o estupro a fim de "mostrar a esta população que sua opção sexual é antinatural, errada".
Este absurdo moderno, propagado via espaço virtual, não tem nada de novo.
Muito jovens gays e jovens lésbicas sofreram desta prática ao longo dos séculos dentro da própria família, onde o estupro recorrente era praticado como forma de fazer o homossexual "abandonar sua prática", estupro praticado por irmãos, primos, tios, pais, não raro na companhia de outros homens jovens que, além de ridicularizarem a vítima repetiam que era isso que eles iriam ter se não virassem homens - no caso dos gays - ou é isso que você merece - se fosse mulher.
A propagação de situações como essas, agora na obscuridade das "redes sociais virtuais" mostra a degradação de princípios humanitários que atravessa a sociedade moderna.
Neo-nazistas, racistas, homofóbicos, xenófobos, machistas parecem proliferar nestas redes como percevejos na sujeira.
Precisamos estar atentas e fazer a denúncia recorrente destas comunidades, existe inclusive uma delegacia especial para crimes na Internet no RS que pode ser utilizada como forma de buscar e punir os responsáveis.
Se estes crimes matam, a impunidade re-mata cada vítima.
DENUNCIE!

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