25/06/2010

Médica sul-africana distribui "camisinhas antiestupro" em cidades da Copa

    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/754597-medica-sul-africana-distribui-camisinhas-antiestupro-em-cidades-da-copa.shtml

Médica sul-africana distribui "camisinhas antiestupro" em cidades da Copa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando tinha apenas 20 anos e era uma médica iniciante, a sul-africana Sonnet Ehlers prestou atendimento a uma vítima de estupro que, desolada, lhe disse: "Se ao menos eu tivesse dentes lá embaixo". Certa de algo tinha de ser feito para proteger as mulheres vítimas de estupro em vários países, 40 anos depois Ehlers lançou a Rape-aXe, uma camisinha antiestupro.
Reprodução
A médica sul-africana Sonnet Ehlers mostra sua invenção: a camisinha antiestupro
A médica sul-africana Sonnet Ehlers mostra sua invenção: a camisinha antiestupro
Trata-se de uma camisinha de látex que, internamente, contém "dentes" afiados. Ela deve ser usada como um absorvente interno e, no caso de um agressor tentar cometer o estupro, os "dentes" aderem ao pênis, causando grande desconforto, e só pode ser removido cirurgicamente, explica o site da médica.
Isso dá tempo para que a vítimas fuja e, como o agressor vai precisar buscar ajuda médica, as autoridades podem tomar as devidas providências.
Ehler vendeu sua casa e carro para desenvolver o projeto, e planeja distribuir 30 mil camisinhas antiestupro grátis sob supervisão durante a Copa, diz a CNN.
A África do Sul tem um dos mais altos índices de estupro do mundo, informa o site da ONG Human Rights Watch. Na maioria dos países africanos, condenações por estupro são incomuns, e as vítimas não têm acesso imediato a tratamento.
Design
"Consultei engenheiros, ginecologistas e psicólogos para ajudar a desenhá-la e garantir que fosse segura", conta Ehler à CNN.
O primeiro protótipo foi lançado em 31 de agosto de 2005, em Kleinmond, na Província do Cabo, na África do Sul.
O site da médica explica que não há risco para a mulher que usa a camisinha antiestupro, já que os "dentes" ficam do lado de dentro da camisinha. Também não há grandes riscos para o agressor, que vai ficar apenas com pequenas cicatrizes no local.
Segundo o site de Ehlers, a camisinha não só ajuda as vítimas de estupro a se prevenirem de doenças sexualmente transmissíveis, mas também de uma gravidez indesejada.
"Machuca, ele não pode fazer xixi nem andar quando estiver com a camisinha", disse Ehlers à CNN. "Se tentar removê-la, ela vai ficar ainda mais apertada. Mas não rompe a pele, e não há risco de exposição de fluidos."
Após um período de testes, as camisinhas estarão disponíveis por cerca de US$ 2 (cerca de R$ 3,50).

Um comentário:

Leo Psyduck disse...

Oi aqui é o Leo, que esteve com a Antonia na reunião da Marcha.
Adorei essa ideia da médica.